O golaço do Tomané

Avançado do CD Tondela começou o ano a dar que falar. O site da AF Viseu foi conversar com o atleta

01 fevereiro 2019

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Chama-se António Manuel Fernandes Mendes, ou Tomané com é mais conhecido, e foi o protagonista de um grande momento de futebol, mal o ano tinha começado.

Foi a 7 de janeiro que o avançado do Clube Desportivo de Tondela deu que falar, depois de, em casa, no João Cardoso, marcar um golaço ao Sporting Clube de Portugal, corria a jornada 16 da Primeira Liga.

Um golo que valeu três pontos (2-1) e muito “repeat”. Quem não viu, várias vezes, o momento protagonizado pelo atleta de 26 anos, natural de Fafe?

O site da AF Viseu foi falar com Tomané e quis saber, para além de como viveu o momento, como tem sido representar um clube filiado na AF Viseu, o único do distrito atualmente a participar no escalão maior do futebol português.

AF Viseu (AFV): Foi uma boa forma de começar o ano…

Tomané (T): Sem dúvida. A ganhar, um bom golo. Melhor acho que era impossível!

AFV: Um golo que não foi à primeira, mas foi à segunda.

T: Já tinha tentado e à segunda correu bem. Fui feliz e assim a equipa conseguiu três pontos importantes.

AFV: O que soube melhor? Marcar a um 'grande ou marcar a um 'grande' daquela maneira?

T: Por ser um 'grande' tem outra dimensão. Mas, para mim, é um golo bonito seja contra quem for. A dimensão que deram acho que foi por ser contra um grande.

AFV: Segundo ano a representar o CD Tondela. Como tem sido a experiência e como tem sido estar num clube do interior?

T: Fui sempre muito bem tratado, não tenho nada a apontar às pessoas de Tondela. É um sítio pequeno mas as pessoas são amáveis e o mais importante é sentirmo-nos bem e as pessoas fazem por isso. Claro que é um clube que está um pouco afastado dos grandes centros, mas tem que lutar contra isso e continuar a crescer para se tornar cada vez maior para que, daqui a uns anos, possa lutar por outros objetivos.

AFV: Quando surgiu a possibilidade de vir para Tondela, pensou duas vezes?

T: Tinha saído de uma situação complicada no Arouca, que tinha descido de divisão. Naquele momento queria ir para um clube que me quisesse e o Tondela desde o início mostrou essa vontade e isso foi o mais importante. Para mim o que importa é sentir-me bem, fazer o que gosto e ser feliz. Aqui em Tondela as pessoas sempre me deram muito carinho e por isso estou satisfeito e grato com o que me deram até hoje.

AFV: O que Tondela, enquanto cidade e enquanto clube, que mais nenhum sítio e clube têm?

T: Tem o que acho mais importante: a humildade das pessoas e a entreajuda. Também venho de um sítio pequeno, com essas características, e quando assim é as pessoas merecem tudo. O que vejo em Tondela é que apesar das adversidades as pessoas são sempre positivas e querem ajudar.

AFV: Não deve sobrar muito tempo… Mas já deu para visitar o distrito de Viseu?

T: Infelizmente não, para além de Tondela e Viseu não conheço mais nada.

AFV: E o futebol distrital, acompanha?

T: Por acaso não. Durante a semana estou completamente focado no Tondela e aos fins de semana, quando posso, vou até à minha terra [Fafe] e desligo do futebol. Sou muito caseiro!

AFV: Que mensagem gostava de deixar quer aos mais novos, que ambicionem um dia chegar longe, quer às gentes de Tondela?

T: Aos mais novos que acreditem, que tentem se quiserem mesmo ser jogadores de futebol. Depois é preciso alguma sorte. Mas devem sonhar e trabalhar muito. Para as gentes de Tondela que continuam a apoiar e agradecer estarem ao nosso lado.

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